A população de localidades da área da Península de Noto, na região central do Japão, ainda enfrenta dificuldades para se recuperar do desastre que foi causado por chuvas torrenciais dois meses atrás.
As chuvas recorde de 21 de setembro causaram a morte de 15 pessoas na província de Ishikawa. Segundo autoridades, na terça-feira era de 2.168 o número de moradias inundadas ou danificadas.
Nas cidades de Wajima e Suzu, 367 pessoas permanecem em abrigos.
As chuvas representaram um duplo revés para muitos dos sobreviventes do terremoto ocorrido no primeiro dia do ano. Centenas de pessoas morreram no terremoto que sacudiu a região da Península de Noto, banhada pelo Mar do Japão.
Prefeituras providenciam contínua assistência de saúde a pessoas afetadas, enquanto preparam medidas de proteção contra o frio para desalojados com a aproximação do inverno.
Algumas áreas afetadas enfrentam escassez de pessoal para os trabalhos de reconstrução. Autoridades do governo provincial explicam que, em inúmeros locais, as vias públicas são estreitas demais para o ingresso do maquinário pesado necessário à remoção de lama de moradias. Recorrem, assim, a voluntários para o trabalho de limpeza.
Até meados de dezembro, antes do início da temporada de neve, o governo da província de Ishikawa pretende concluir o trabalho de remoção de lama nas cidades de Wajima, Suzu e Noto. Autoridades calculam que 20 mil voluntários sejam necessários, mas até o dia 4 apenas metade deste total participava do trabalho voluntário. Informam que, até o momento, 28 empresas e organizações ofereceram auxílio.
O governo provincial pretende reforçar um sistema pelo qual áreas afetadas recebem voluntários, ao mesmo tempo em que solicita o auxílio de mais pessoas.
Conclusão
A recuperação na Península de Noto avança lentamente, com desafios significativos, como a falta de voluntários e dificuldades logísticas. Contudo, esforços conjuntos entre governo, organizações e a população afetada mostram a força da solidariedade. Com o inverno se aproximando, a prioridade é garantir abrigo, saúde e finalizar a limpeza. A união será fundamental para superar essa crise e reconstruir as comunidades atingidas.
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Fonte: NHK World Japan
